domingo, abril 18, 2010

Anarquismo vs. Marxismo: debate ideológico


Anarquismo e marxismo são filosofias políticas relacionadas que surgiram no século XIX. Enquanto o anarquismo e o marxismo são movimentos complexos dilacerados por conflitos internos, os dois movimentos têm a atenção primária na liberdade humana alcançada através da ação política. Da mesma forma, ambos têm sido intensamente interessados na abolição das desigualdades sociais presentes nas sociedades, como resultado do trabalho assalariado e da revolução industrial.
Conflitos entre anarquistas e marxistas surgiram em termos de teoria, estratégia, práticas e objetivos políticos imediatos.



O primeiro grande conflito ideológico entre anarquistas e marxistas ocorreu dentro da Primeira Internacional, a Organização Européia movimento comunista revolucionário político. Os primeiros grandes conflitos armados entre os anarquistas e os marxistas ocorreram durante as revoluções no Império Russo (1917-1923) entre os anarquistas Urbanos, Anarquistas Makhnovista Rurais, o Partido Menshevik Social-Democrata Russo e o Partido Social- Democrata Bolchevique Russo. Outro conflito armado de grandes proporções ocorreu durante a Guerra Civil Espanhola, entre o movimento Anarquista Espanhol e a União Soviética.



Após a Segunda Guerra Mundial, os principais conflitos no Ocidente entre anarquistas e do marxistas geralmente foram confinados a insignificância da esquerda sectária entre minúsuclos grupos anarquistas e minúsculos Trotskyists ou Trotsky- organizações inspiradas em pontos menores de táticas e uso da língua. Além disso, desde o período da “New Left” (revista política fundada em 1960 no Reino Unido), convergências importantes entre as menores tendências de pensamento dentro do marxismo e anarquismo têm ocorrido, em geral na área de exploração da classe operária de auto-libertação.
Primeira Internacional
A Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) ou Primeira Internacional, foi a primeira grande organização que tratou de unir os trabalhadores dos diferentes países; fundou-se o 1864 e dissolveu-se o 1876.
Foi fundada em Londres ao 1864, agrupou inicialmente aos sindicalistes ingleses, anarquistas, socialistas franceses e italianos republicanos. As suas finalidades eram a organização política do proletariat em Europa e o resto do mundo, e também um foro para examinar problemas em comum e propor linhas de acção. Colaboraram nela Karl Marx e Friedrich Engels. Também participou Mikhaïl Bakunin, e devido às tensões que sofria com Marx, se produziu um confronto entre os marxistas e os anarquistas, depois do qual os partidários de Bakunin foram expulsados.
O 1872 o Conselho Geral do AIT translada-se desde Londres, onde está situado desde os seus inícios, em Nova Iorque, se dissolvendo oficialmente o 1876. Ao 1889 estabelece-se a Segunda Internacional, de corte socialdemòcrata, como a sucessora nos seus fins políticos, e que durará até o 1916, e ao 1922 aparece o Associação Internacional dos Trabalhadores organização anarcosindicalista, que prentén recolher a testemunha da zona llibertària e que chega até a actualidade.
A Primeira Internacional foi considerada como um dos maiores factores que conduziram à criação da Comum de Paris de 1871. Ainda que esta ideia é disputada, Marx fez um escrito em relação com a defesa da Comum. Publicado como A Guerra Civil em França (1871), reúne o primeiro (julho 1870) e segundo manifestos (setembro 1870) do Conselho Geral a AIT e o manifesto de junho de 1871, escritos por Marx.


Grupo : Tiago, Alberto , Gustavo e tawan ( sei lá como se escreve o nome dele USHAUS )

Partidos Comunistas do Brasil

PSB

Em 1945, quando findava o Estado Novo, formou-se a Esquerda Democrática. Seu objetivo era combinar as transformações sociais com ampla liberdade civil e política. Baseava-se num conceito amplo de esquerda: socialismo construído de forma gradual e legal, nacionalismo e defesa da democracia. Diferenciava-se dos udenistas que defendiam o liberalismo econômico e do socialismo autoritário e estatista dos comunistas. “O Partido não considera socialização dos meios de produção e distribuição a simples intervenção do Estado na economia” e “realizar-se-á gradativamente, até a transferência, ao domínio social, de todos os bens possíveis de criar riqueza, mantida a propriedade privada nos limites das possibilidades de utilização pessoal, sem prejuízo do interesse coletivo”.

Entre seus fundadores estavam: João Mangabeira, Domingos Vellasco, Hermes Lima, Rubem Braga, Osório Borba, Joel Silveira, José Lins do Rego, Jader de Carvalho, Sergio Buarque de Hollanda e Antonio Candido.

Em 1947, a Esquerda Democrática transformou-se no Partido Socialista Brasileiro, com o mesmo programa e propostas da E.D. Propunha-se a ser um partido de “todos que dependam do próprio trabalho”. Defendia reformas imediatas como a nacionalização de áreas economicamente estratégicas, a ampliação dos direitos dos trabalhadores, a garantia de saúde e educação públicas, além do desenvolvimento da democracia e dos meios de participação popular. Em sua estrutura partidária já trazia uma novidade que caracterizaria o perfil democrático e conscientizador do PSB: os Núcleos de Base. Através deles, a militância poderia se envolver no projeto partidário, discutir as questões nacionais e através da soma das opiniões debatidas formar a orientação e o alvo da ação partidária. A imprensa partidária teve na Folha Socialista, desde 1947, um centro de debates. Em 1950 tornou-se um semanário, vendido em bancas, combinando o debate político com as informações cotidianas. Os representantes eleitos prestavam contas e tinham seus mandatos discutidos. Combatiam aumentos indevidos em seus salários. Tinham grande preocupação com o trato do dinheiro e bens públicos. O PSB sempre lutou para trazer sua militância e as camadas oprimidas do povo para a arena da ação política e da participação direta nos rumos da nação, despertando da apatia política e do conformismo com uma realidade que lhes é adversa. O PSB foi pioneiro na campanha do petróleo, com a atuação parlamentar de Hermes Lima e com a organização popular através da UNE, dirigida na época por socialistas: Roberto Gusmão (1947/48) e Rogê Ferreira (1949/50). Na questão agrária, desde 1948, fizeram propostas inovadoras como as cooperativas agrícolas que produziriam alimentação, trabalho e renda em terras abandonadas na periferia de São Paulo ou o Código da Terra, que incluía a distribuição, a questão ecológica, a política trabalhista e agrícola. Teve lideranças destacadas nos anos 60, como Francisco Julião que foi deputado estadual e federal do PSB de Pernambuco e João Pedro Teixeira, presidente da Liga de Sapé, na Paraíba, e que, assassinado pelo latifúndio, deu base ao filme: “Cabra Marcado para morrer”.

O Partido também teve atuação marcante na Frente Parlamentar Nacionalista, desde 1956, sob a liderança de seu deputado federal, Barbosa Lima Sobrinho.

Nos processos eleitorais salientaremos alguns momentos. Em 1952, Osório Borba foi candidato do PSB ao Governo de Pernambuco, com apoio do PCB. Venceu em Recife e Olinda mas foi derrotado pelo voto do interior, mas abriu caminho para a “Frente do Recife” que levou Pelópidas da Silveira (PSB) à prefeitura. Esta foi uma administração brilhante, voltada para obras que beneficiaram principalmente as classes mais desfavorecidas. Foram criadas associações de bairro e audiências coletivas quinzenais nas quais o prefeito discutia com o povo os problemas da cidade. Miguel Arraes o sucedeu e em 1962, com apoio da Frente que incluía o PSB, tornou-se Governador. O combate ao analfabetismo e a defesa dos direitos dos trabalhadores rurais marcaram sua administração.

Em 1953, o PSB apoiou Jânio Quadros, vereador progressista, para a prefeitura de São Paulo. Os socialistas tiveram participação na Secretaria de Higiene, dando ênfase ao saneamento básico, na Secretaria de Alimentação, enfrentando os intermediários e na Empresa Municipal de Transportes. Com pequena margem de votos na Convenção, obteve o apoio do partido para a candidatura a governador. O grupo paulista crítico a Jânio retomou a direção do Partido em 1957 e em 1960 a Convenção Nacional do PSB rompeu com Jânio, apoiando Lott. A aproximação com Jânio trouxe crescimento eleitoral mas perda de substância política.



PSDB

Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) foi fundado em 25 de junho de 1988, formado, principalmente, por parlamentares dissidentes do PMDB. Eles se diziam descontentes com os rumos políticos do partido, em especial, durante a elaboração da Constituição de 1988, com a formação do chamado Centrão, articulação de centro-direita contrária à aprovação de medidas progressistas na Carta Magna.
A referência dos parlamentares, que haviam defendido a implementação de medidas como o parlamentarismo na Constituição, era a social-democracia européia. O PSDB estruturou-se em torno da candidatura do então senador Mário Covas à Presidência da República na primeira eleição direta após 20 anos de ditadura, em 1989. A consolidação veio com a eleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1994.
Atualmente, o PSDB tem seis governadores: Aécio Neves, em Minas Gerais; Lúcio Alcântara, no Ceará; Simão Janete, no Pará; Cássio Cunha Lima, na Paraíba; Ottomar Pinto, em Roraima; e Maria de Lourdes Abadia, no Distrito Federal. Tem 16 senadores e 57 deputados federais, além dos 163 deputados estaduais.
"O PMDB era um partido com projetos regionais, um partido de caciques sem uma orientação nacional", diz o deputado federal Sebastião Madeira, presidente do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao partido. "Os políticos que saíram para fundar o PSDB não concordavam com a falta de uma proposta nacional".
O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Jutahy Magalhães Jr. (BA), conta que entrou para o partido em 1989, e acompanhou de perto seus primeiros passos. "Era um partido congressual, que não tinha bases nos estados, mas era direcionado em função das figuras", observa. "Era um partido de quadros que tinha presença em alguns estados como São Paulo, Minas, Paraná e Ceará. A partir da campanha do Covas, o partido enraizou-se em todo o Brasil", acrescenta.
Na eleição de 1989, Covas perdeu no primeiro turno, e Fernando Collor de Mello foi eleito presidente do Brasil. Após o impeachment de Collor, em 1992, o PSDB chegou ao governo a convite do novo presidente, Itamar Franco.
À época, Fernando Henrique Cardoso assumiu como chanceler e, depois, como ministro da Fazenda, quando implementou o Plano Real - plano econômico que reduziu a inflação e colocou, por quatro anos, a moeda brasileira em paridade com o dólar.
Em 1994, para chegar ao poder, os sociais democratas, que se auto-definem como de centro-esquerda, aliaram-se a um partido de direita: o Partido da Frente Liberal (PFL), integrado por políticos que vinham da antiga Arena, partido de apoio ao regime militar, ao qual o MDB, origem do PMDB, fazia oposição
Nos oito anos em que permaneceu na presidência, o partido consolidou o Plano Real e privatizou serviços públicos antes controlados pelo estado, como na área de telecomunicações, energia elétrica e gás canalizado.
Na última eleição para presidente, em 2002, o candidato do PSDB, José Serra, foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva e o partido tornou-se uma das principais forças de oposição ao atual governo no Congresso Nacional



PcdoB

O Partido Comunista do Brasil é um partido político brasileiro, baseado ideologicamente nos princípios do marxismo-leninismo, com expressão nacional e forte penetração nos meios sindicais e estudantis. Fundado em 25 de março 1922, e publicado no Diário Oficial da União em 7 de abril de 1922. Sendo reorganizado em 18 de fevereiro de 1962 sob a sigla PCdoB. Seu símbolo é uma foice e um martelo cruzados, em amarelo, sobre fundo vermelho. Seu código eleitoral é o 65.

O PCdoB descreve-se, em seu estatuto, como o partido político da classe operária e do conjunto dos trabalhadores brasileiros; alega guiar-se pela teoria científica e revolucionária elaborada por Marx e Engels, desenvolvida por Lênin e outros revolucionários marxistas.

O "Programa Socialista" do PCdoB apresentado em 1995 compreende o processo de construção do socialismo sem especificar um número mínimo de etapas, sendo seu objetivo superior e final o comunismo, alcançado a partir de uma transformação na sociedade e na economia.

Figuras de destaque
Vivos:
Angel Albino
David Wylkerson Rodrigues de Souza
Edson Pimenta
Gustavo Petta
Jô Moraes
Marcos Gomyde
Rita Rodrigues
Sandra Batista
Falecidos:
Diógenes Arruda (1912-1979)
João Batista Drummond (1942-1976)
Entre muitos outros.

Na historia do PcdoB ouve vários momentos marcantes pro partido:

O I Congresso: O primeiro Congresso do Partido Comunista do Brasil ocorreu nos dias 25, 26 e 27 de março de 1922
O II Congresso: Nos dias 16 a 18 de maio 1925 realizou-se o segundo Congresso do PCdoB.
A primeira cisão - A Dissidência Trotskista: Em meados de 1928 o Partido Comunista do Brasil sofre sua primeira cisão A Dissidência Trotskista.
O III Congresso: O Terceiro Congresso do PCdoB - Iniciou-se no dia 29 de dezembro de 1928 e prolongou-se até o dia 4 de janeiro de 1929.
A 1ª reorganização:Realizou-se em 11 de agosto de 1943
O IV Congresso: Nos dias 7 a 11 de novembro de 1954.
V Congresso: O V Congresso do Partido Comunista do Brasil realizou-se em setembro de 1960.
A segunda cisão - Partido Comunista Brasileiro: Em 1961 a corrente revisionistas realiza.
Entre outros

Alunos:Nicolas, Luis Felipe, Pedro, Joao

Revolução Russa



Postado por: Beatriz Oliveira, Patrícia Martins, Juliana Athayde e Fernanda Zacché.

Terceira Internacional: a maior conquista organizativa do proletariado mundial


Trotsky


“Nós não nos entregamos ao desespero por conta do fato de que a guerra rompera a Internacional. A época revolucionária criará novas formas de organização – surgidas dos recursos inesgotáveis do socialismo proletário –, novas formas à altura da grandeza dos novos desafios. Nós nos dedicaremos a este trabalho imediatamente, sob o rugido das metralhadoras, a derrubada das catedrais e o brado patriótico dos lacaios do capital.”

Assim escrevia Trotsky em 1915. Em não mais do que dois anos, a vida lhe deu a razão. Novas formas de organização, adequadas aos novos desafios colocados, surgiram da revolução. Como dizia Lenin, já não se tratava de fazer propaganda do socialismo, tratava-se agora de tomar o poder para começar a construí-lo de fato.

Para esse novo desafio era necessária uma nova ferramenta: um partido cujos militantes assumissem a revolução como profissão, que atuasse com estrita disciplina para poder enfrentar poderosos inimigos (o governo, o imperialismo, a burguesia, as burocracias) e que, ao mesmo tempo, desenvolvesse a mais ampla democracia interna para operar sua política.

Essa nova ferramenta se concretizou: o partido bolchevique impulsionado por Lênin, baseado no centralismo democrático, que garantiu que os operários tomassem o poder, com a revolução russa, em outubro de 1917.

No calor dessa grande revolução – e adotando a estrutura partidária bolchevique – nasceu a Terceira Internacional, ou Internacional Comunista (IC), que foi, com o partido bolchevique, a maior conquista organizativa do movimento operário em sua história.



A fundação da Terceira Internacional
Quando estourou a revolução de 1917, os elementos mais ativos da esquerda foram à Rússia. Assim, o centro da luta por uma nova Internacional se transferiu para esse país.

Em 24 de janeiro de 1919, o comitê central do Partido Comunista Russo (nome que assumiram os bolcheviques), as direções estrangeiras (que estavam na Rússia) dos partidos comunistas polonês, húngaro, alemão, austríaco e letão, e os comitês centrais dos partidos comunistas finlandês, da Federação Socialista Balcânica e do Partido Socialista Operário Norte-Americano, lançaram o seguinte chamado: “Os partidos e organizações abaixo-assinados consideramos como uma necessidade imperiosa a reunião do primeiro congresso da nova Internacional revolucionária. Durante a guerra e a revolução, não somente se manifesta a completa bancarrota dos velhos partidos socialistas e social-democratas e, com estes, de toda a Segunda Internacional, senão, também, a incapacidade dos elementos centristas da velha social-democracia de ação revolucionária. Ao mesmo tempo, distinguem-se os contornos de uma verdadeira Internacional Revolucionária”.

O desafio proposto nesse primeiro congresso é a “criação de um organismo de combate, encarregado de coordenar e de dirigir o movimento da Internacional Comunista e de realizar a subordinação dos interesses dos movimentos de diferentes países aos interesses gerais da revolução internacional”.

O primeiro congresso, realizado em plena guerra civil entre 2 e 6 de março de 1919, é aberto com um discurso de Lênin que se inicia assim: “Por mandato do comitê central do Partido Comunista Russo, declaro aberto o primeiro congresso da Internacional. Antes de mais nada, peço-lhes que nos levantemos para honrar a memória dos melhores representantes da Terceira Internacional: Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo”. Esses dois grandes revolucionários acabavam de ser assassinados por ordens do governo alemão, em mãos do social-democrata Ebert.

No ano seguinte, aderiram à Internacional Comunista o Partido Socialista Italiano, o Partido Operário Norueguês e o Partido Socialista de Esquerda Húngaro.

A luta contra o oportunismo
O segundo congresso reuniu-se em Petrogrado em 17 de junho de 1920. A discussão principal centrou-se no caráter dos partidos.

Com o avanço da Internacional, apareceram novos problemas. Os partidos que vinham aderindo não estavam completamente formados. Não existia ainda clareza sobre o que era um partido, o papel dos comunistas nos sindicatos, a atitude frente ao parlamentarismo e outras questões. Ao mesmo tempo, uma série de dirigentes oportunistas, que não tinham nada a ver com a revolução, introduziam-se nesses partidos para aproveitar os efeitos do triunfo de outubro.

Diante de tal realidade, a direção da Internacional vê a necessidade de “separar o joio do trigo”, para avançar na construção de um verdadeiro partido revolucionário mundial. Com esse objetivo votam-se as ditas “21 condições”.

Nessas 21 condições exigia-se: a imprensa deveria estar submetida ao comitê central do partido. A propaganda e a agitação dos partidos deveriam ter um caráter comunista. Os reformistas deveriam ser descartados de todos os postos importantes. Realizar uma luta enérgica contra reformistas e centristas. Desenvolver trabalho no campo, com os proletários rurais e camponeses pobres. Denúncia do próprio imperialismo e apoio aos movimentos de libertação nacional. Trabalho nos sindicatos. O partido deveria funcionar em base ao centralismo democrático e tomar o nome de partido comunista (seção da Internacional Comunista).

Todos os partidos da Internacional ou que quisessem aderir deveriam realizar congressos extraordinários para discutir as 21 condições e se deveria excluir do partido todos que as recusassem, em até quatro meses após o congresso.

O congresso terminou em 7 de agosto. Nesse mês, o partido social-democrata tchecoslovaco dividia-se: uma maioria esmagadora adotou as 21 condições. Em outubro, a maioria do partido social-democrata independente da Alemanha aderiu à Internacional Comunista, fundindo-se à Liga Spartakus (o partido de Rosa Luxemburgo, que já pertencia à Terceira Internacional) e constituindo um grande partido comunista unificado. Em dezembro, a maioria do partido socialista francês adere à Terceira. Em janeiro de 1921, divide-se o partido socialista italiano e a maioria recusa as 21 condições.

A luta contra o sectarismo
O terceiro congresso, que se reuniu em junho de 1921, teve que resolver os novos problemas do crescimento. A Internacional já tinha mais de 50 seções e alguns partidos de massas nos principais países europeus. Isso provocava questões de tática e de organização. Mas os problemas tinham a ver com a mudança da relação de forças.

A partir do balanço crítico dos fatos de março de 1921 na Alemanha e da política ultra-esquerdista do partido alemão, abre-se uma discussão sobre a nova situação da luta de classes em nível mundial e sobre as novas táticas que os partidos deveriam implementar.

A burguesia tinha se mostrado mais capaz de resistir do que se poderia acreditar. Sua principal força repousava nos dirigentes da social-democracia, que durante a guerra traíram o proletariado e que após a guerra se mostraram como os melhores defensores do capital em crise.

Isso permitiu às burguesias recuperar-se e lançar uma nova ofensiva contra os trabalhadores. Em 1920, surgiu uma crise no Japão e na América que se estendeu a todas as nações industrializadas. Milhões de operários foram jogados no olho da rua. As lutas defensivas foram imensas, mas derrotadas.

Essa nova realidade exigia duas importantes alterações táticas, que tiveram que enfrentar posições sectárias e ultra-esquerdistas que vinham se desenvolvendo em vários partidos da Internacional.

A primeira tinha a ver com a necessidade de dar grande importância às reivindicações concretas das massas. “Toda objeção contra levantar reivindicações parciais desse gênero, toda acusação de reformismo sob pretexto das lutas parciais, partem desta mesma incapacidade em compreender as condições vivas da ação revolucionária, a qual se manifestou já na oposição de certos grupos comunistas à participação nos sindicatos e à utilização do parlamento. Não se trata de pregar sempre ao proletariado os objetivos finais, senão de fazê-lo avançar em uma luta concreta que só possa conduzi-lo à luta por tais objetivos finais.”

A segunda tinha a ver com a necessidade de unificar a classe operária para enfrentar o ataque da burguesia e daí então surgiria o primeiro esboço-proposta da Frente Única Operária, que consistia no chamado às direções traidoras dos sindicatos e partidos operários a formar uma frente unitária para enfrentar os ataques do capital. Esta tática tinha um duplo objetivo: conseguir a unidade para lutar e desmascarar as direções traidoras frente a sua base para disputar-lhes a direção.

No quatro congresso, reunido em novembro de 1922, continuou a batalha contra os setores ultra-esquerdistas que se negavam a apresentar uma política para as direções traidoras do movimento operário. Foi aprovada a tática da Frente Única Operária propondo-a como a tática central para enfrentar a nova ofensiva do capital expressada pelo desenvolvimento do fascismo.

O desafio que a Terceira não pôde enfrentar
Em quatro anos, a IC realizou quatro congressos. Suas resoluções apresentaram análises e ofereceram respostas principistas sobre a democracia burguesa, o parlamentarismo, o trabalho nos sindicatos, a frente única operária, a organização partidária, a questão negra, o trabalho em mulheres, o governo operário.

Assim, nesses difíceis quatro anos, foram-se forjando as bases essenciais de um programa revolucionário mundial. O que faltava era sistematizá-lo. O quarto congresso votou essa tarefa, mas não pôde enfrentar tal desafio. Pouco tempo depois começaria o processo de burocratização que terminou com a degeneração do Estado soviético, do partido bolchevique e de toda a Terceira Internacional.

Postado por: Beatriz Oliveira, Patrícia Martins, Juliana Athayde e Fernanda Zacché

O Reformismo

O Reformismo é um movimento social que tem em vista a transformação política e econômica da sociedade mediante a introdução de reformas graduais e sucessivas na legislação e nas instituições já existentes.

Surgiu no último quarto do século XIX e se difundiu entre os partidos social-democratas. Em 1954, o Reformismo proclamou como sua doutrina oficial o "Socialismo democrático", oposto ao "comunismo científico".

Na segundo metade do século XX, muitas críticas foram feitas à ideologia defendida pelos teóricos neo-malthusianos. Com bases nessas críticas, teóricos de países subdesenvolvidos elaboraram a teoria reformista que afirma que os problemas sociais não são o resultado do crescimento populacional, mas sim da falta de acesso da grande parte da população às riquezas produzidas.

Teoria Reformista

A teoria reformista foi elaborada em resposta à teoria neomalthusiana. Segundo a teoria reformista, uma população jovem e numerosa, em virtude de elevadas taxas de natalidade, não é causa, mas conseqüência do subdesenvolvimento. Nos países desenvolvidos, onde o padrão de vida da população é alto, o controle da natalidade ocorre paralelamente à melhoria da qualidade de vida da população e espontaneamente, de uma geração para outra.

Nos países subdesenvolvidos uma população jovem numerosa só se torna empecilho ao desenvolvimento de suas atividades econômicas, quando não são realizados investimentos sociais, em especial na educação e na saúde. Tal situação gera um enorme contingente de mão-de-obra desqualificada que ingressa anualmente no mercado de trabalho. Para que a dinâmica demográfica entre em equilíbrio, é necessário enfrentar em primeiro lugar, as questões sociais e econômicas.

Os investimentos em educação são fundamentais para a melhoria de todos os indicadores sociais. Pois quando o cotidiano familiar decorre em condições miseráveis e as pessoas não têm consciência das determinações econômicas e sociais, elas não irão ficar preocupadas em gerar menos filhos.

Foi constatado que quanto maior a escolaridade da mulher menor é o número de filhos e a taxa de mortalidade infantil. De todas as a teorias, a reformista é a que melhor retrata os fatores que geram o subdesenvolvimento político, social e econômico. Dessa forma a teoria reformista derruba as teorias de Malthus.

O sucesso histórico dos reformistas

O reformismo, porém, só foi inteiramente assumido pelos socialistas em 1921, quando o próprio Bernstein redigiu o Programa de Görlitz. Dois anos antes, em janeiro de 1919, Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo foram assassinados por um pelotão de corpos-francos da direita após o fracasso do levante armado liderado pelo Spartakusbund, a organização dos espartaquistas, a facção de extrema esquerda da social-democracia alemã em Berlim. Crime político no qual os socialistas moderados estavam comprometidos por terem colocado os extremistas, seus antigos companheiros, como foras-da-lei, oferendo até prêmios em dinheiro para quem os capturasse ou mesmo os abatesse. Anos depois, divididos entre revolucionários e reformistas, os socialistas deixaram-se soterrar pela avalancha nazista em 1933.

No após-guerra, os militantes sociais-democratas que ficaram pelo lado leste da Alemanha foram engolidos pelos comunistas, formando o SED (O partido socialista unificado), que assumiu o controle sobre a RDA (República Democrática Alemã) enquanto que os que permaneceram no lado ocidental abandonaram oficialmente o marxismo no Grundsatzprogramm, as proposições fundamentais de Bad Godesberg, de 1959. Rosa Luxemburgo chamava depreciativamente de Die bonzen, os bonzos, os integrantes da máquina partidária da social-democracia, gente pragmática, eficiente mas acomodada, destituída dos vôos ideológicos que davam sabor ao socialismo. Foram eles , entretanto, que terminaram por modelar a Alemanha do após-guerra como um Estado de Bem-estar Social exemplar.

Os principais reformistas foram Lutero(Sacro Império), Calvino(Suíça) e Henrique VIII(Inglaterra), que foram responsáveis respectivamentes pelos movimentos reformistas, Luteranismo, o Calvinismo e o Anglicanismo.

Postado por : Eduardo, Rafael, Leandro e Gabriela

sábado, abril 17, 2010

Marxismos e seus críticos

Vários aspectos do marxismo são alvos de críticas. Diversos autores levantaram objeções ao pensamento político e filosófico de Karl Marx.

A maior crítica feita ao Marxismo na atualidade alega que o mesmo possui um caráter simplista, seja na organização da sociedade em classes (capitalista e proletariado) e nas diversas interpretações da abordagem que Marx faz da inter-relação direta entre os fatores sociais de consciência (como cultura, religião e política) com os econômicos. A posição dos críticos é que Marx e Engels levavam a análise de todas as ações humanas para o campo da luta de classes, desconsiderando que há diversas ações humanas que não podem ser explicadas tão-somente por uma busca por melhores meios de produção ou por vantagens econômicas.

Segundo alguns destes críticos as razões de caráter econômico também são insuficientes para explicar fenômenos modernos como a busca do homem pelo status ainda que este não venha a representar qualquer vantagem econômica, ou o crescimento da cultura das celebridades. Também depõem contra as idéias de Karl Marx o resultado histórico dos diversos regimes que foram influenciados o ideário político-ideológico do Marxismo, como a União Soviética, o regime castrista de Cuba e as chamadas "repúblicas vermelhas" do Sudeste Asiático.

Alguns críticos de Karl Marx foram:

Roberto Campos

Pensador e político brasileiro, Roberto Campos, em seu artigo “Perdeu-se o Marxismo (1999)”, faz uma referência à idéia de Marx e Engels sobre a determinação da consciência a partir das condições econômicas: "Quando o velho Marx, em plena era do vapor e do aço, formulou a noção de que a existência determina a consciência, chamou a atenção geral para o fato de que as grandes transformações pelas quais estava passando o mundo tinham uma base nas condições concretas, nas relações de produção e na tecnologia. Depois disso, tivemos uma formidável aceleração (eletricidade, motor a explosão, síntese química, biologia, eletrônica) e, agora, com a globalização digital, estamos entrando em cheio na era da informação. Tudo está mudando muito mais depressa do que nossa capacidade de acompanhar. Assim como o capitalismo do século XVIII acabou com o escravo e o servo da gleba, e o capitalismo americano criou uma sociedade de classe média e de consumo de massa, o novo modo de produção da informação vai criar - o quê? Não sei. Precisamos pensar. Mesmo errando, ou parecendo errar.".


Raymond Aron


O intelectual francês Raymond Aron em sua obra “O ópio dos intelectuais” afirma que nenhuma outra doutrina criou no homem, como o marxismo, uma "ilusão da onipotência". Acreditava que o marxismo havia se tornado uma ideologia e, por isso, considerava-o "o ópio dos intelectuais".


Leslie Page


O historiador britânico Leslie Page publicou o livro "Karl Marx e o exame crítico de suas obras". A obra cobre um período de 40 anos, de 1844-1894, e é baseada nas edições inglesas das "Marx/Engels Collected Works" (Obras Reunidas de Marx/Engels) e "Marx/Engels Selected Works" (Obras Selecionadas de Marx/Engels).
Page pretendeu destacar as opiniões geralmente desconhecidas ou omitidas de Marx e Engels sobre diversos assuntos como: a revolução, o terror revolucionário, o uso da força e o terrorismo. As obras de Page contribuíram para o debate que se desenvolveu sobre até que ponto Marx poderia ser responsabilizado pelas experiências do socialismo real.


Eric Voegelin


Eric Voegelin talvez seja um dos críticos mais severos de Karl Marx. No seu livro "Reflexões Autobiográficas" relata que, induzido pela onda de interesse sobre a Revolução Russa de 1917, estudou "O Capital" de Marx e foi marxista entre agosto e dezembro de 1919. Porém, durante seu curso universitário, ao estudar disciplinas de teoria econômica e história da teoria econômica aprendera o que estava errado em Marx.Voegelin afirma que Marx comete uma grave distorção ao escrever sobre Hegel.
Para Voegelin, ao equivocar-se deliberadamente sobre Hegel, Marx pretendia sustentar uma ideologia que lhe permitisse apoiar a violência contra seres humanos afetando indignação moral e, por isso, Voegelin considera Karl Marx um mistificador deliberado. Afirma que o charlatanismo de Marx reside também na terminante recusa de dialogar com o argumento etiológico de Aristóteles. Argumenta que, embora tenha recebido uma excelente formação filosófica, Marx sabia que o problema da etiologia na existência humana era central para uma filosofia do homem e que, se quisesse destruir a humanidade do homem fazendo dele um "homem socialista", Marx precisava repelir a todo custo o argumento etiológico.
Segundo Voegelin, Marx e Engels enunciam um disparate ao iniciarem o Manifesto Comunista com a afirmação categórica de que toda a história social até o presente foi a história da luta de classes. Eles sabiam, dehttp://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7597648887843398122&postID=1412333447841139138#sde o colégio, que outras lutas existiram na história, como as Guerras Médicas, as conquistas de Alexandre, a Guerra do Peloponeso, as Guerras Púnicas e a expansão do Império Romano, as quais decididamente nada tiveram de luta de classes.
Voegelin diz que Marx levanta questões que são impossíveis de serem resolvidas pelo "homem socialista". Também alega que Marx conduz a uma realidade alternativa, a qual não tem necessariamente nenhum vínculo com a realidade objetiva do sujeito. Segundo Voeglin, quando a realidade entra em conflito com Marx, ele descarta a realidade.


Grupo: Bárbara, Carolina, Lais e Stefanie

quinta-feira, abril 15, 2010

Internacionais

A Internacional Socialista é uma organização global de partidos social-democratas, socialistas e trabalhistas labour parties. Atualmente reúne 162 partidos e organizações de todo o mundo. Foi fundada em 1889, pela facção marxista após a cisão da Associação Internacional dos Trabalhadores, sendo por isto também chamada de Segunda Internacional.A fundação da Primeira Internacional é um marco na história das lutas sociais contemporâneas, pelo fato de ser a primeira vez em que, por instâncias veementemente afirmadas por Marx, a classe trabalhadora propõe-se à conquista do poder político, mas, a Primeira Internacional teve vida curta, só durou sete anos, até ser dissolvida no rastro dos dramáticos acontecimentos que levaram à derrota e à supressão da Comuna de Paris, de 1871. A luta do Doutor Vermelho foi no sentido de que o moderno proletariado deveria entender que através da Internacional, uma máquina política bem organizada a partir de Londres, era possível substituir as ações isoladas, dispersas, esporádicas, por vezes explosivas em seu desespero, por um outro tipo de procedimento, consciente e de massas, feito por meio de partidos politicos genuinamente operários. Por fim, em 1921, os socialistas de esquerda de dez partidos, inclusive o Partido Social-Democrata Independente Alemão (USPD), do Partido Social-Democrata Austríaco (SPÖ) e do ILP inglês, reuniram-se em Viena para constituir a União Internacional de Trabalhadores dos Partidos Socialistas União de Viena, apelidada de "Segunda e Meia Internacional". Esta associação considerava-se como o primeiro passo para uma Internacional ampla e, em 1923, num congresso realizado em Hamburgo, uniu-se à Segunda Internacional revivida para formar a Internacional Trabalhista e Socialista, que deixou de funcionar em 1940. Foi substituída em 1951 pela atual Internacional Socialista, que é uma associação livre dos principais partidos socialistas e social-democratas em todo o mundo, com sede em Londres.

Em 30 de Janeiro de 2006, a liderança passou do português António Guterres para o grego George Papandreou.


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Marx Discursando