sábado, abril 17, 2010

Marxismos e seus críticos

Vários aspectos do marxismo são alvos de críticas. Diversos autores levantaram objeções ao pensamento político e filosófico de Karl Marx.

A maior crítica feita ao Marxismo na atualidade alega que o mesmo possui um caráter simplista, seja na organização da sociedade em classes (capitalista e proletariado) e nas diversas interpretações da abordagem que Marx faz da inter-relação direta entre os fatores sociais de consciência (como cultura, religião e política) com os econômicos. A posição dos críticos é que Marx e Engels levavam a análise de todas as ações humanas para o campo da luta de classes, desconsiderando que há diversas ações humanas que não podem ser explicadas tão-somente por uma busca por melhores meios de produção ou por vantagens econômicas.

Segundo alguns destes críticos as razões de caráter econômico também são insuficientes para explicar fenômenos modernos como a busca do homem pelo status ainda que este não venha a representar qualquer vantagem econômica, ou o crescimento da cultura das celebridades. Também depõem contra as idéias de Karl Marx o resultado histórico dos diversos regimes que foram influenciados o ideário político-ideológico do Marxismo, como a União Soviética, o regime castrista de Cuba e as chamadas "repúblicas vermelhas" do Sudeste Asiático.

Alguns críticos de Karl Marx foram:

Roberto Campos

Pensador e político brasileiro, Roberto Campos, em seu artigo “Perdeu-se o Marxismo (1999)”, faz uma referência à idéia de Marx e Engels sobre a determinação da consciência a partir das condições econômicas: "Quando o velho Marx, em plena era do vapor e do aço, formulou a noção de que a existência determina a consciência, chamou a atenção geral para o fato de que as grandes transformações pelas quais estava passando o mundo tinham uma base nas condições concretas, nas relações de produção e na tecnologia. Depois disso, tivemos uma formidável aceleração (eletricidade, motor a explosão, síntese química, biologia, eletrônica) e, agora, com a globalização digital, estamos entrando em cheio na era da informação. Tudo está mudando muito mais depressa do que nossa capacidade de acompanhar. Assim como o capitalismo do século XVIII acabou com o escravo e o servo da gleba, e o capitalismo americano criou uma sociedade de classe média e de consumo de massa, o novo modo de produção da informação vai criar - o quê? Não sei. Precisamos pensar. Mesmo errando, ou parecendo errar.".


Raymond Aron


O intelectual francês Raymond Aron em sua obra “O ópio dos intelectuais” afirma que nenhuma outra doutrina criou no homem, como o marxismo, uma "ilusão da onipotência". Acreditava que o marxismo havia se tornado uma ideologia e, por isso, considerava-o "o ópio dos intelectuais".


Leslie Page


O historiador britânico Leslie Page publicou o livro "Karl Marx e o exame crítico de suas obras". A obra cobre um período de 40 anos, de 1844-1894, e é baseada nas edições inglesas das "Marx/Engels Collected Works" (Obras Reunidas de Marx/Engels) e "Marx/Engels Selected Works" (Obras Selecionadas de Marx/Engels).
Page pretendeu destacar as opiniões geralmente desconhecidas ou omitidas de Marx e Engels sobre diversos assuntos como: a revolução, o terror revolucionário, o uso da força e o terrorismo. As obras de Page contribuíram para o debate que se desenvolveu sobre até que ponto Marx poderia ser responsabilizado pelas experiências do socialismo real.


Eric Voegelin


Eric Voegelin talvez seja um dos críticos mais severos de Karl Marx. No seu livro "Reflexões Autobiográficas" relata que, induzido pela onda de interesse sobre a Revolução Russa de 1917, estudou "O Capital" de Marx e foi marxista entre agosto e dezembro de 1919. Porém, durante seu curso universitário, ao estudar disciplinas de teoria econômica e história da teoria econômica aprendera o que estava errado em Marx.Voegelin afirma que Marx comete uma grave distorção ao escrever sobre Hegel.
Para Voegelin, ao equivocar-se deliberadamente sobre Hegel, Marx pretendia sustentar uma ideologia que lhe permitisse apoiar a violência contra seres humanos afetando indignação moral e, por isso, Voegelin considera Karl Marx um mistificador deliberado. Afirma que o charlatanismo de Marx reside também na terminante recusa de dialogar com o argumento etiológico de Aristóteles. Argumenta que, embora tenha recebido uma excelente formação filosófica, Marx sabia que o problema da etiologia na existência humana era central para uma filosofia do homem e que, se quisesse destruir a humanidade do homem fazendo dele um "homem socialista", Marx precisava repelir a todo custo o argumento etiológico.
Segundo Voegelin, Marx e Engels enunciam um disparate ao iniciarem o Manifesto Comunista com a afirmação categórica de que toda a história social até o presente foi a história da luta de classes. Eles sabiam, dehttp://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7597648887843398122&postID=1412333447841139138#sde o colégio, que outras lutas existiram na história, como as Guerras Médicas, as conquistas de Alexandre, a Guerra do Peloponeso, as Guerras Púnicas e a expansão do Império Romano, as quais decididamente nada tiveram de luta de classes.
Voegelin diz que Marx levanta questões que são impossíveis de serem resolvidas pelo "homem socialista". Também alega que Marx conduz a uma realidade alternativa, a qual não tem necessariamente nenhum vínculo com a realidade objetiva do sujeito. Segundo Voeglin, quando a realidade entra em conflito com Marx, ele descarta a realidade.


Grupo: Bárbara, Carolina, Lais e Stefanie

Um comentário:

  1. Aí vééi, custava nada tirar o link aí do meio néé kkkk xD irado!

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