segunda-feira, agosto 09, 2010

A Crise de Superprodução do Café

Por muitos anos o café foi o principal produto na economia brasileira, e os grandes produtores tinham muita influência na política do país. Durante a República Velha, a presidência da república se revezava entre os grandes produtores de café de Minas Gerais e São Paulo ou os candidatos por eles apoiados, gerando a Política do Café com Leite.



Porém, a partir de 1895, a economia cafeeira começou a enfraquecer. Isso aconteceu porque os produtores estavam produzindo muito mais do que o necessário, enquanto o mercado consumidor Europeu e Norte-Americano não crescia no mesmo ritmo. Havia muito café para poucos consumidores, o que fez com que o preço da mercadoria despencasse no mercado internacional, causando vários problemas aos grandes produtores.

Nos primeiros dois anos do século XX, haviam sido produzidos mais de 1 milhão de sacas acima da capacidade de consumo do mercado internacional, e em 1906, esse número chegou à 4 milhões.

Para tentar chegar a uma solução para esse problema, em 1906 os governadores dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro se reuniram na cidade de Taubaté, no interior de São Paulo. Essa reunião foi chamada "Convênio de Taubaté". Nela, foi decidido que os governos estaduais interessados deveriam, com a ajuda de empréstimos vindos do exterior, adquirir e estocar a produção que excedesse o consumo do mercado internacional, fazendo com que o preço do café continuasse estável. A mercadoria estocada seria usada quando a produção se tornasse insuficiente. Também foi determinado um grande aumento nos impostos para impedir que novos cafezais fossem criados. Essa foi a primeira política de valorização do café.

O governo federal não concordou com o acordo, que durou até 1910, mas de nada adiantou. Cerca de 8 milhões de sacas de café foram retiradas de circulação graças às medidas implantadas no Convênio de Taubaté.



Durante a Primeira Guerra Mundial, outra crise de superprodução começou. A economia brasileira estava totalmente voltada ao mercado externo e como a Europa e os EUA estavam na guerra, o Brasil sofreu imediatamente as conseqüências do conflito e o preço do café entrou novamente em declínio. Essa nova crise determinou a segunda valorização do café (1917-1920).

Em 1918, com o fim da guerra, a crise cafeeira começou a se resolver. Porém, as condições do comércio do café nunca mais foram as mesmas.

GRUPO: Ana Carolina Louzada, Brunna Costa, Jéssica Faé, Laiza Nicodemos e Livia Calmon.

REVOLTA DA CHIBATA



No início do século XX, os marinheiros brasileiros eram submetidos a uma dura rotina de trabalho e recebiam salários baixíssimos. Além disso, eram submetidos a castigos físicos se não cumprissem alguma ordem, apesar das chibatadas terem sido proibidas desde o fim do Império, a lei era desrespeitada e vista como forma de punição.
Em 1910 marinheiros de Minas Gerais e São Paulo, sob o comando de um marinheiro chamado João Candido organizaram um protesto, reivindicando (num telegrama ao presidente) melhores salários, uma folga semanal e a abolição definitiva dos castigos físicos. Se o governo não atendesse às reivindicações, elas ameaçavam bombardear a capital, pois eles tinham tomado o controle das embarcações.
Com medo que a situação piorasse, o governo resolveu atender aos pedidos dos marinheiros. O congresso votou um alei que proibia o uso das chibatadas e que todos os marinheiros envolvidos na revolta não sofreriam nenhum tipo de punição.
Porém após alguns dias, o governo descumpriu o acordo, prendendo alguns marinheiros. Em contra partida, um grupo de fuzileiros navais na Ilha das Cobras resolveu organizar um protesto contra o governo, que desta vez, mandou o exército para um violento ataque contra os rebeldes a fim de aniquilá-los. Os que escaparam da morte foram mandados para a Amazônia e forçados a trabalhar nos seringais, alguns dos condenados foram submetidos ao fuzilamento.
O líder da revolta, João Candido foi perdoado pelo governo, mas foi internado no Hospital dos Alienados, dado como louco. Na época, o tratamento psiquiátrico era igual ou pior a prisão. Em 1969, morreu de câncer.

STEFANIE, KARINI, CAMILA , BÁRBARA , LUIZ FELIPE E TIAGO H.

terça-feira, agosto 03, 2010

A Política de Encilhamento

Rui Barbosa, um típico representante dos interesses da classe média e burguesia, desejava que o país crescesse economicamente em seu governo, por isso investiu intensamente na industrialização do país. No começo, os resultados foram bons, houve um rápido crescimento dos negócios e formação de indústrias.
Em resposta a esse rápido avanço, surge no Brasil o mercado de capitais, um mercado raro por aqui. A compra e venda de ações cresceu consideravelmente surgindo a Política do Encilhamento, que recebe este nome - dado pela imprensa - devido a uma analogia feita entre as especulações desenfreadas sobre as ações, e uma corrida de cavalos referindo ao momento da colocação das cilhas, dos arreios, nos cavalos de corrida no hipódromo da cidade do Rio de Janeiro, sob os olhares e especulação dos apostadores.
Esta política se mostra falha quando começa a apresentar resultados negativos. Primeiramente, alguns negociadores apreveitaram desta oportunidade para dar golpes, criando empresas fantamas com enorme valorização, e que quando descobertas, geravam grande confusão no mercado de ações. Com isto, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, a especulação tomou rumos cada vez maiores. Compravam ações por preços muito baixos e, quando estas valorizavam, eram vendidas a um valor bem maior. Esta forma de lucro fácil piorou a crise econômica brasileira. Quando os bancos começaram a emitir quantidades de dinheiro maiores do que o necessário, houve grande inflação, elevando os números de moedas a entrar no mercado circulante, não correspondendo ao que a economia produzida de verdade, mostrando a ingenuidade ou até mesmo a falta de preparo político do Ministro da Fazenda.
Infelizmente, o que parecia ser um plano infalível, mostrou-se confuso e duvidoso, fazendo até mesmo a elite agrária, juntamente com a burguesia estrangeira, combater fortemente com a política industrialista, em busca de seus interesses.

Postado por: Patrícia Martins, Juliana Athayde, Fernanda Zacché, Lais Guimarães e Gustavo Wagner.